Em abril, a banda Restart marcou uma tarde de autógrafos para 250 pessoas numa loja em São Paulo. Mais de 3 mil adolescentes apareceram, não havia lugar para todos, o evento foi cancelado e houve confusão. A imprensa correu para o local e uma reportagem ficou famosa: nela, uma menina reclamava, aos prantos: "Eu acho uma p. falta de sacanagem!".
Essa frase virou piada na Internet e revelou que a banda de rock, até então sem destaque na grande mídia, já era mania entre os jovens. O mais curioso é que o Restart não tem nem gravadora: a divulgação foi feita através da rede. "Até hoje, a gente passa noites no Orkut, no Twitter, posta duas ou três vezes por dia no fotolog. Mantemos essa proximidade para o público saber o que estamos pensando", conta o vocalista e guitarrista Pelu.
O grupo tem números que impressionam. O CD de estreia, que leva o nome da banda, atingiu a marca de 50 mil cópias vendidas. Com roupas justas e supercoloridas como marca registrada, o Restart já vende camisetas, bottons e afins em seu site e acaba de contratar uma empresa para licenciamento de produtos. Está gravando em espanhol e vai fazer um DVD com imagens da turnê. Também deve lançar um EP por aqui no que vem.
Todos são muito novos. Pelu, o mais velho, tem 19 anos. Pe Lanza (vocal e baixo), Koba (guitarra e backing vocal) e Thomas (bateria) têm 18. Tocam juntos desde que tinham 12 e Pelu, 13. A ascensão foi rápida: o grupo tem apenas dois anos. "Em dezembro, tocamos em Porto Alegre para 800 pessoas. No final de junho, voltamos lá e o público foi de 7 mil", lembra Pelu. A maior plateia até hoje foi de 60 mil pessoas, num rodeio em Americana (SP). "A maioria estava ali por causa da gente", acredita.
Dia 21 de agosto, O Restart toca na Festa do Peão de Barretos, que também terá show da cantora americana Mariah Carey. Dia 22, se apresenta no Rio de Janeiro, no Vivo Rio. Cenas de histeria, como a que tornou a banda famosa, são frequentes. "Fizemos um show em Campinas outro dia e teve carro entrando na frente da nossa van, meninas descendo no meio da rua. Dane-se a nossa privacidade, mas a segurança dos fãs nos preocupa", avisa o guitarrista.
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